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O IT Forum Series é um projeto editorial que convida líderes de TI das maiores empresas do País para discutir algumas das tecnologias e tendências de maior potencial transformador. Aliados aos dados do estudo Antes da TI, a Estratégia, pesquisa promovida anualmente com os CIOs e gerentes de TI, o Series busca contribuir com a evolução do mercado e do ecossistema de tecnologia da informação e telecomunicações brasileiros.

EP.8

Dados na era da IA: letramento deve ser estratégia de proteção

No oitavo episódio do IT Forum Series, executivos debatem desafios da proteção de dados na era da IA

PAMELA SOUSA (TEXTO), DEBORAH OLIVERIRA (MEDIAÇÃO), RAFAEL ROMER (PRODUÇÃO), BRUNA BOMFIM E GEORGES NABAHAN (PESQUISA)
CONVIDADOS: DIANA TROPER, DPO DA UNICO; LUIS CARLOS MALDANER, GERENTE DE TI DA CBA; FERNANDA NONES, DPO DA RD STATION
CAPTAÇÃO E EDIÇÃO DE VÍDEO: VORAZ FILMES

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Fernanda Nones, DPO da RD Station; Luis Carlos Maldaner, gerente de TI da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA); e Diana Troper, DPO da Unico

Os dados são o novo petróleo e, como tal, sua gestão e proteção são prioridades para as empresas. Essa é a leitura dos próprios executivos da área de tecnologia: em 2023, quando questionados sobre o nível de importância que a gestão e proteção de dados têm para suas organizações, 75% dos respondentes indicaram que eram prioridades altas ou muito altas. Este ano, esse número subiu para 79%.

As informações são parte da pesquisa “Antes da TI, a Estratégia“, estudo anual do IT Forum que entrevista líderes de tecnologia das maiores empresas do Brasil. As informações serviram como ponto de partida para o oitavo episódio do IT Forum Series, que reuniu lideranças de dados e de TI para debates as oportunidades e desafios da proteção de dados na era da Inteligência Artificial.

Participaram da discussão Diana Troper, DPO da Unico, Luis Carlos Maldaner, gerente de TI da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), e Fernanda Nones, DPO da RD Station. O debate foi mediado por Déborah Oliveira, diretora de conteúdo, e contou com a participação de Georges Nabahan, analista de estudos e inteligência, ambos do IT Forum.

Desafios da maturidade

Dados da pesquisa ‘Antes da TI, a Estratégia‘ também revelam que a maioria das empresas brasileiras possui uma maturidade intermediária quando o assunto é proteção de dados. Dos 240 participantes da edição deste ano do estudo, expressivos 68% indicaram que suas organizações possuem estruturas estabelecidas para lidar com dados, mas ainda não conseguiram integrar totalmente a análise de dados em suas decisões estratégicas.

A informação, por si só, revela uma realidade desafiadora que muitas empresas enfrentam na busca pela excelência em gestão de dados e, consequentemente, pela segurança e conformidade regulatória.

Diante disso, Fernanda Nones, DPO da RD Station, destacou uma questão fundamental: muitas empresas estão deixando ar despercebido o potencial inexplorado de seus dados. “É necessário saber exatamente para qual finalidade cada dado serve e garantir que sejam usados só os que realmente são relevantes e necessários”, afirma.

Alinhado à importância de organizar e selecionar os dados úteis, Maldaner ressaltou o letramento em dados como um pilar fundamental. O líder de TI da CBA enfatizou a necessidade de capacitar os colaboradores em todos os níveis da organização para entender e utilizar os dados de forma eficaz. “Precisamos preparar nossos colaboradores a pensarem diferente. É um desafio gigante que se traz para dentro da organização, e a convivência com o DPO e a área de TI vai ser necessária para que a gente construa essa governança em conjunto”, afirma.

Complementando o tema, Diana ressalta que um dos fatores da média maturidade do mercado em relação a dados está intrinsecamente ligada à falta de governança. “É preciso conhecer quais são os dados e ter capacidade de selecionar e entender o porquê do uso. Ela é importante tanto para conseguir cumprir com a regulamentação, como para requisito de negócio. Quando não sabemos o que temos, não sabemos o risco também. Guardar volumes absurdos de dados, muitas vezes sem qualidade, também é um risco em termos de segurança e um risco regulatório. Por isso, quanto mais maturidade tiver uma organização nesse sentido, mais eficiente ela consegue ser na utilização dos dados”, completa.

Fernanda Nones, DPO da RD Station (Imagem: IT Forum)

"A convivência entre o DPO e a área de TI vai ser necessária para construir a governança de dados em conjunto."

Luis Carlos Maldaner - Gerente de TI da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA)

Aplicação da proteção de dados nas empresas

A implementação efetiva da proteção de dados tornou-se uma prioridade para muitas organizações em meio ao cenário regulatório cada vez mais rigoroso e à crescente conscientização sobre a importância da privacidade dos dados. No entanto, garantir a execução prática das políticas e procedimentos de proteção de dados é um desafio complexo que requer uma abordagem minuciosa.

Para isso, é necessário implementar mecanismos que aferem a eficácia da proteção de dados na prática. Entre várias estratégias, Diana enfatizou a importância de um programa de privacidade abrangente.

“A abordagem que utilizamos é a implementação de um programa de privacidade. Esse programa, na verdade, sistematiza os requisitos regulatórios, legais e de mercado, incluindo certificações, para assegurar que esses deveres legais ou certificações sejam traduzidos em controles que a organização possa utilizar para garantir sua conformidade”, explica.

Veja também: IoT como impulsionador da transformação digital nas empresas

Uma vez que os controles são implementados, a DPO ressalta a necessidade de uma abordagem contínua, destacando que simplesmente atender aos requisitos regulatórios uma vez não é suficiente. A constante avaliação e aprimoramento dos controles são fundamentais para manter a conformidade e garantir a eficácia das medidas de proteção de dados.

Além disso, Fernanda, da RD Station, acrescentou que a implementação de um programa de privacidade sustentável vai além de listar apenas projetos e tarefas pontuais. Para ela, é importante abordar a privacidade em todas as áreas da organização, considerando pessoas, processos, documentos e tecnologia. A estratégia deve ser adaptada às necessidades específicas de cada frente, com ênfase na conscientização, educação e aplicação de consequências para garantir a conformidade.

No que diz respeito à tecnologia, Maldaner ressaltou a importância de democratizar a informação e envolver os líderes na discussão sobre proteção de dados. Ele destacou a necessidade de desenvolver uma estratégia que abranja a responsabilização e a conscientização em toda a organização.

Usando o exemplo do uso da IA, o executivo reforçou a importância do letramento de toda a empresa. “Vamos trazer o conhecimento da importância que essa ferramenta tem e, juntamente com isso, a responsabilização, alertando: você não pode usar dados da companhia, não pode se cadastrar com o e-mail da companhia, use suas informações pessoais. Isso traz responsabilização. Porque se colocarmos apenas controles, isso vai engessar as companhias e não conseguiremos dar o próximo o”, finaliza.

A proteção de dados na era da IA

Como lidar com o uso da IA dentro das organizações? Essa é uma questão que preocupa todos os executivos.

Em resposta a esse questionamento, Diana destacou a importância de abordar esse tema de forma flexível e proativa, evitando proibições ineficazes e buscando soluções que permitam o uso da tecnologia de maneira responsável e segura.

“É necessário compreender como viabilizar o uso da tecnologia, fornecendo informações e ferramentas necessárias para que os colaboradores consigam utilizá-la em benefício próprio, além de implementar formas de monitorar se a política está sendo cumprida, porém sempre mantendo uma postura flexível”, comenta a DPO.

Na mesma linha, Fernanda compartilhou que o uso da inteligência artificial (IA) nas organizações traz consigo um aumento exponencial de oportunidades, mas também desafia diretamente a gestão de riscos. Nesta era de avanços tecnológicos rápidos, as empresas enfrentam o dilema de equilibrar inovação e conformidade regulatória.

Como ressaltado na entrevista, a abordagem correta não é encarar a privacidade como uma barreira para a tecnologia, mas sim como um guia para seu desenvolvimento responsável.

É essencial que as empresas adotem uma postura proativa, combinando o potencial inovador da IA com valores éticos e preocupações com a privacidade. Ao mesmo tempo, é crucial que as regulamentações sejam cuidadosamente desenvolvidas para acompanhar os avanços da tecnologia.

“Precisamos observar todo o contexto e entender o quanto essa regulação ajuda a gente a se desenvolver e ter segurança jurídica, e não a olhar como um obstáculo. Porque não tem como parar a tecnologia. Isso não vai acontecer”, complementa Diana.

Embora a ansiedade e a pressa para regulamentar sejam compreensíveis, Fernanda aponta a importância de as empresas liderarem pelo exemplo.

“Seria muito interessante se, desta vez, víssemos uma inversão de papéis em que as empresas se movimentem antes da regulamentação, pois assim os legisladores terão uma base muito mais sólida para entender como criar regras para tudo isso que está sendo feito e desenvolvido hoje”, finaliza.

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Diana Troper, DPO da Unico (Imagem: IT Forum)
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Todos os episódios

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EP. 11

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EP. 10

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EP. 9

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EP. 5

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EP. 4

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EP. 3

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